segunda-feira, 28 de março de 2011

Tecnologias na Missa


Sério, quando eu frequentava missas modernistas carismáticas, acreditava que seria maravilhoso desenvolver um sistema (comecei agora a estudar Eng de Software) que indicasse todas as rubricas corretas, leituras e orações de cada dia, com controle do “presidente da celebração” e exibição pelo DataShow em um grande telão para que todos acompanhassem, e fossem assim eliminados os horríveis folhetos embebidos de TL nacional.
O que não percebi é que estava vendo a missa como uma apresentação. Seria como uma venda, ou uma palestra, onde se fazem slides para “vender” um negócio. A missa é muito mais do que isso.
Não tinha parado para pensar no simbolismo dos livros e nem sabia o que eram sacras, mas coisas como “carregar um iPad em procissão”, ou ainda menos avançado, “incensar e beijar um notebook” já se mostravam um tanto estranhos para meu defeituoso senso religioso.
Não me incomodava que os comentários TL fossem substituídos por gifs animados e “fotinhas bonitinhas”, ou até mensagens do “Momento Espírita” como alguns gostavam de ler em reuniões. Tá, as mensagens do “Momento Espírita” sempre me incomodavam, mesmo na cegueira modernista, mas não imaginava que a minha “ideota” (NdR: ideia idiota) poderia abrir espaço para este tipo de coisa.
Hoje vejo que, independente da tecnologia, todo cuidado é pouco para que não se viole o sentido sagrado do Sacrifício: É o Calvário! Não consigo ver coisas ruins no uso de tecnologias, mas também não consigo ver coisas boas. Não sei dizer se houve resistência quanto ao uso de missais impressos em lugar dos missais manuscritos, mas hoje os usamos. Não creio nem que esta analogia que coloquei é válida. Agora, “missais digitais”… Sei lá… Isso não me soa bem… Acho que estou ficando velho…

Obs.: Para quem não conhece, “Momento Espírita” é um programa de rádio transmitido em Curitiba, cujas mensagens já compões diversos livros. Lembro de ter visto no Centro de Curitiba um livro desse para vender, só não lembro se era uma livraria espírita mesmo ou era uma Ave-Maria, pois as lojas eram (ainda são, não sei) vizinhas.

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